Câncer de bexiga

O Câncer de bexiga é um dos tumores urológicos que traz maior morbidade para o paciente, devido necessidade de múltiplas abordagens e terapias complementares. Seu principal fator de risco está relacionado ao tabagismo, sendo este a causa de 65 a 70% dos casos. Outro fator de risco importante é o ocupacional, relacionado a 15-35% dos casos, acomete trabalhadores que manipulam petróleo, corantes e tintas, borracha, metalúrgicos e até cabeleireiros. Além de alta morbidade, dependendo das características do tumor ele também apresenta alta mortalidade, apresentando uma sobrevida geral em 5 anos da ordem de 77%.
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Diagnóstico

Geralmente, relacionado ao sintoma de sangramento urinário, seu diagnóstico é realizado mais comumente através de exames de imagem, como ultrassom e tomografia, pelos quais se identifica um tumor dentro da bexiga. Outros sintomas menos comuns são os chamados sintomas irritativos, como diminuição do intervalo miccional, ardência para urinar e urgência urinária; sendo necessário um alto grau de suspeição pelo urologista para realização do diagnóstico nestes casos.
Após a detecção do tumor pelo exame de imagem é realizado uma biópsia do tumor através de um exame de cistoscopia, ou seja, através de uma abordagem endoscópica com uma câmera, realiza-se a inspeção de toda a bexiga e a remoção do tumor para ser analisado pelo patologista. Ele então irá fornecer as características deste tumor e através da análise de todas as características deste tumor, tanto as endoscópicas como as patológicas, determina-se o tratamento necessário, o qual é personalizado para cada caso.

Tratamento

Após a definição da classificação do tumor, através da análise de suas características endoscópicas e patológicas, é definido o melhor tratamento para este paciente; que pode variar desde apenas a ressecção endoscópica até a necessidade de remoção completa da bexiga e confecção de uma neobexiga ou uma estomia urinária por onde se coleta a urina.
Na ressecção endoscópica, o procedimento é minimamente invasivo no qual se remove o tumor com uma margem livre, nesses casos pode se necessitar de uma terapia complementar, com quimioterapia ou imunoterapia intravesical. Já no caso de tumores que invadem a parede muscular da bexiga o tratamento é realizado através da cistectomia radical, ou seja, da retirada completa da bexiga, que pode ser realizada por via aberta, laparoscópica e robótica, sendo que todas elas possuem segurança oncológica e nas duas últimas há também o benefício da cirurgia minimamente invasiva, ou seja, recuperação mais rápida, menor perda de sangue, retorno mais precoce às atividades habituais.
Converse com seu urologista de confiança, não deixe nenhuma dúvida sem ser respondida, ouça segundas opiniões, busque o melhor tratamento para o seu caso.

Acompanhamento

Em todos os casos de tratamento, é necessário uma vigilância rigorosa pós operatória. Nos casos de realização de tratamento endoscópico, a recorrência do tumor é elevada, da ordem de 50 a 80%, sendo por isso necessário a realização de exames endoscópicos periódicos e ressecção de tumores que recidivam e em alguns casos tratamento complementar para diminuir esta recidiva. Nos casos em que se retira a bexiga, a vigilância também deve ser rigorosa, mas com ênfase maior pela busca de recidiva do tumor em outras regiões do corpo.

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